Foto do site: o globoChuva
Fico assustado cada vez que chove em São Paulo. Moro próximo da Avenida Paulista, então nunca tenho problemas com chuvas, alagamentos e trânsito caótico. Mas penso sempre nas pessoas que moram em regiões que alagam.
Dá para imaginar o sofrimento que foi viver por 14 dias dentro da água, como viveram as pessoas do Jardim Pantanal? Eu não consigo.
Quando eu morava no interior, tive a casa alagada. Era a única casa da rua que o quintal enchia de água durante a chuva. E um certo dia, por volta das 17h, choveu muito forte e a água subiu uns 40 centímetro da parede. Estávamos eu e meu padrasto. É um desespero porque você não sabe o que salvar primeiro. Levantamos a geladeira sobre uma pilha de tijolos, coloquei os documentos que ficavam debaixo da cama sobre o guarda roupa e tentamos jogar a água para fora da casa. Minha outra preocupação estava salva: meus gatos. Ficaram todos sobre os guarda roupas observando a água entrar e junto com ela sapos e cobras.
Perdi livros, compras de mercado, sapatos e algumas roupas. Muito pouco. Mas deu para assustar. No final da noite, eu estava com os dedos em feridas de tanto torcer o pano de chão. Durante o desespero não percebi nada, foi doer no dia seguinte.
Todo este drama durou 30 minutos. Quando vimos que não venceríamos a água, quebramos o muro e a água escoou.
Agora, ficar 14 dias acordando e indo dormir dentro da água? Com sapos, cobras, ratos e doenças ao lado dos seus pés?
E o pior dos piores, depois de 14 dias, a prefeitura de São Paulo, mandou caminhões para esvaziar a água. Porque esperar tanto? Porque na ajudar estas pessoas? Porque são pobres? Porque é um bairro da periferia?
Se eu morasse neste local, processaria a prefeitura por falta de socorro. Nós temos que aprender a cobrar mais os nossos direitos. Temos que brigar mais.
E cada cidadão de São Paulo tem que lembrar disso no momento de votar no próximo prefeito.
Sinto-me tranqüilo porque meu voto não foi para o atual prefeito!
Fico assustado cada vez que chove em São Paulo. Moro próximo da Avenida Paulista, então nunca tenho problemas com chuvas, alagamentos e trânsito caótico. Mas penso sempre nas pessoas que moram em regiões que alagam.
Dá para imaginar o sofrimento que foi viver por 14 dias dentro da água, como viveram as pessoas do Jardim Pantanal? Eu não consigo.
Quando eu morava no interior, tive a casa alagada. Era a única casa da rua que o quintal enchia de água durante a chuva. E um certo dia, por volta das 17h, choveu muito forte e a água subiu uns 40 centímetro da parede. Estávamos eu e meu padrasto. É um desespero porque você não sabe o que salvar primeiro. Levantamos a geladeira sobre uma pilha de tijolos, coloquei os documentos que ficavam debaixo da cama sobre o guarda roupa e tentamos jogar a água para fora da casa. Minha outra preocupação estava salva: meus gatos. Ficaram todos sobre os guarda roupas observando a água entrar e junto com ela sapos e cobras.
Perdi livros, compras de mercado, sapatos e algumas roupas. Muito pouco. Mas deu para assustar. No final da noite, eu estava com os dedos em feridas de tanto torcer o pano de chão. Durante o desespero não percebi nada, foi doer no dia seguinte.
Todo este drama durou 30 minutos. Quando vimos que não venceríamos a água, quebramos o muro e a água escoou.
Agora, ficar 14 dias acordando e indo dormir dentro da água? Com sapos, cobras, ratos e doenças ao lado dos seus pés?
E o pior dos piores, depois de 14 dias, a prefeitura de São Paulo, mandou caminhões para esvaziar a água. Porque esperar tanto? Porque na ajudar estas pessoas? Porque são pobres? Porque é um bairro da periferia?
Se eu morasse neste local, processaria a prefeitura por falta de socorro. Nós temos que aprender a cobrar mais os nossos direitos. Temos que brigar mais.
E cada cidadão de São Paulo tem que lembrar disso no momento de votar no próximo prefeito.
Sinto-me tranqüilo porque meu voto não foi para o atual prefeito!
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